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Do que um homem é capaz

José Mário Branco
Language: Portuguese


José Mário Branco

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[2004]
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2759750 Uoioi.
Do que um homem é capaz
As coisas que ele faz
P'ra chegar aonde quer
É capaz de dar a vida
P´ra levar de vencida
Uma razão de viver

A vida é como uma estrada
Que vai sendo traçada
Sem nunca arrepiar caminho
E quem pensa estar parado
Vai no sentido errado
A caminhar sozinho

Vejo a gente cuja a vida
Vai sendo consumida
Por miragens de poder
Agarrados alguns ossos
No meio dos destroços
Do que nunca vão fazer

Vão poluindo o percurso
Co'as sobras do discurso
Que lhes serviu pr'abrir caminho
À custa das nossas utopias
Usurpam regalias
P´ra consumir sozinho

Com políticas concretas
Ímpões essas metas
Que nos entram casa dentro
Como a Trilateral
Co'a treta liberal
E as virtudes do centro

No lugar da consciência
A lei da concorrência
Pisando tudo p´lo caminho
P´ra castrar a juventude
Mascaram de virtude
O querer vencer sozinho

Ficam cínicos, brutais
Descendo cada vez mais
P´ra subir cada vez menos
Quanto mais o mal se expande
Mais acham que ser grande
É lixar os mais pequenos

Quem escolhe ser assim
Quando chegar ao fim
Vai ver que errou o seu caminho
Quanda a vida é hipotecada
No fim não sobra nada
E acaba-a sozinho

Mesmo sendo poderosos
Tão fracos e gulosos
Que precisam do poder
Mesmo havendo tanta gente
P´ra quem é indiferente
Passar a vida a morrer

Há principios e valores
Há sonhos e há amores
Que sempre irão abrir caminho
E quem viver abraçado
À vida que há ao lado
Não vai morrer sozinho
E que morrer abraçado
À vida que há ao lado
Não vai viver sozinho

Contributed by adriana - 2019/11/30 - 11:31



Language: Italian

Versione italiana di Alessio Lega

Video
CIÒ DI CUI L’UOMO È CAPACE

Ciò di cui l’uomo è capace, le cose cui soggiace
per giungere alla meta
può giocarsi anche la vita vincendo la partita
sopra un filo di seta
la vita e come un sentiero giorno a giorno nel nero
tracciato sopra il suolo
e chi cerca riparo in un cantuccio avaro
rimane alfine solo.

Vedo gente il cui destino si perde nel cammino
fra i giochi di potere
si attaccano alle ossa coi denti nella fossa
seguendo le chimere
lasciano polluzioni scorie di escavazioni
e fango sulle ali
usurpano utopie sbranano fantasie
per consumarle soli.

Con politiche concrete impongono le diete
a tutto quanto il mondo
il Fondo Monetario il liberismo vario
il centro più profondo
svendono la coscienza valutano l’esistenza
a prezzi concorrenzialo
castrano ciò che è vivo infamano il collettivo
per vincere da soli.

Calpestano a ogni passo scendendo un po’ più in basso
per salire sempre meno
quanto più il male si espande più lo credono grande
e schiacciano il più piccino
la scelta è la peggiore: il massimo onore
è il fondo delle suole
le vite ipotecate svendute e consumate
finiscono da sole.

Così cinici e violenti tanto deboli e scontenti
che ebbri di potere
fidano sulla gente che crede indifferente
vivere per morire…
Però le idee e gli amori, le ipotesi e i valori
prendono ancora il volo
e chi vivrà abbracciato alla vita che ha amato
non morirà da solo

e chi muore abbracciato alla vita che ha amato
non ha vissuto solo.

Contributed by adriana - 2019/11/30 - 11:34




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