Adeus trigo, ai, adeus trigo,
depois de ceifado, adeus:
amanho-te e não mastigo,
ai, nem eu, nem eu nem os meus.
O escravo da campina
ouve o motor do trator
Com ele mudas a sina –
da terra és conquistador!
Searas cor de sol posto,
meu mar alto de aflição
enche-o com suor do rosto,
ai, em troca falta-me o pão.
O escravo da campina
ouve o motor do trator
Com ele mudas a sina –
da terra és conquistador!
Ai campos, como os meus olhos,
rasos de água tanta vez:
foram-se espigas nos molhos,
ai, vem fome para o camponês.
O escravo da campina
ouve o motor do trator
Com ele mudas a sina –
da terra és conquistador!
depois de ceifado, adeus:
amanho-te e não mastigo,
ai, nem eu, nem eu nem os meus.
O escravo da campina
ouve o motor do trator
Com ele mudas a sina –
da terra és conquistador!
Searas cor de sol posto,
meu mar alto de aflição
enche-o com suor do rosto,
ai, em troca falta-me o pão.
O escravo da campina
ouve o motor do trator
Com ele mudas a sina –
da terra és conquistador!
Ai campos, como os meus olhos,
rasos de água tanta vez:
foram-se espigas nos molhos,
ai, vem fome para o camponês.
O escravo da campina
ouve o motor do trator
Com ele mudas a sina –
da terra és conquistador!
Contributed by Bernart Bartleby - 2015/9/24 - 13:38
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Musica di Fernando Lopes-Graça, in una delle varie stesure successive del suo work in progress sulla resistenza alla dittatura salazarista e sulla Rivoluzione intitolato “Canções Heróicas”