Vence na vida quem diz sim
Vence na vida quem diz sim
Se te dói o corpo
Diz que sim
Torcem mais um pouco
Diz que sim
Se te dão um soco
Diz que sim
Se te deixam louco
Diz que sim
Se te babam no cangote
Mordem o decote
Se te alisam com o chicote
Olha bem pra mim
Vence na vida quem diz sim
Vence na vida quem diz sim
Se te jogam lama
Diz que sim
Pra que tanto drama
Diz que sim
Te deitam na cama
Diz que sim
Se te criam fama
Diz que sim
Se te chamam vagabunda
Montam na cacunda
Se te largam moribunda
Olha bem pra mim
Vence na vida quem diz sim
Vence na vida quem diz sim
Se te cobrem de ouro
Diz que sim
Se te mandam embora
Diz que sim
Se te puxam o saco
Diz que sim
Se te xingam a raça
Diz que sim
Se te incham a barriga
De feto e lombriga
Nem por isso compra a briga
Olha bem pra mim
Vence na vida quem diz sim
Vence na vida quem diz sim
Vence na vida quem diz sim
Se te dói o corpo
Diz que sim
Torcem mais um pouco
Diz que sim
Se te dão um soco
Diz que sim
Se te deixam louco
Diz que sim
Se te babam no cangote
Mordem o decote
Se te alisam com o chicote
Olha bem pra mim
Vence na vida quem diz sim
Vence na vida quem diz sim
Se te jogam lama
Diz que sim
Pra que tanto drama
Diz que sim
Te deitam na cama
Diz que sim
Se te criam fama
Diz que sim
Se te chamam vagabunda
Montam na cacunda
Se te largam moribunda
Olha bem pra mim
Vence na vida quem diz sim
Vence na vida quem diz sim
Se te cobrem de ouro
Diz que sim
Se te mandam embora
Diz que sim
Se te puxam o saco
Diz que sim
Se te xingam a raça
Diz que sim
Se te incham a barriga
De feto e lombriga
Nem por isso compra a briga
Olha bem pra mim
Vence na vida quem diz sim
Vence na vida quem diz sim
Contributed by Bernart - 2013/3/31 - 17:05
Language: Portuguese
La versione di Nara Leão del 1980, dall’album “Com açúcar com afeto”
VENCE NA VIDA QUEM DIZ SIM
Vence na vida quem diz sim
Vence na vida quem diz sim
Se te dói o corpo
Diz que sim
Torcem mais um pouco
Diz que sim
Se te dão um soco
Diz que sim
Se te deixam louco
Diz que sim
Se te tratam no chicote
Babam no cangote
Baixa o rosto e aprende um mote
Olha em pra mim
Vence na vida quem diz sim
Vence na vida quem diz sim
Se te mandam flores
Diz que sim
Se te dizem horrores
Diz que sim
Mandam pra cozinha
Diz que sim
Chamam pra caminha
Diz que sim
Se te chamam vagabunda
Montam na cacunda
Se te largam moribunda
Olha bem pra mim
Vence na vida quem diz sim
Vence na vida quem diz sim
Se te erguem a taça
Diz que sim
Se te xingam a raça
Diz que sim
Se te chupam a alma
Diz que sim
Se te pedem calma
Diz que sim
Se já estás virando um caco
Vives num buraco
Se és do balacobaco
Olha bem prá mim
Vence na vida quem diz sim
Vence na vida quem diz sim
Vence na vida quem diz sim
Vence na vida quem diz sim
Se te dói o corpo
Diz que sim
Torcem mais um pouco
Diz que sim
Se te dão um soco
Diz que sim
Se te deixam louco
Diz que sim
Se te tratam no chicote
Babam no cangote
Baixa o rosto e aprende um mote
Olha em pra mim
Vence na vida quem diz sim
Vence na vida quem diz sim
Se te mandam flores
Diz que sim
Se te dizem horrores
Diz que sim
Mandam pra cozinha
Diz que sim
Chamam pra caminha
Diz que sim
Se te chamam vagabunda
Montam na cacunda
Se te largam moribunda
Olha bem pra mim
Vence na vida quem diz sim
Vence na vida quem diz sim
Se te erguem a taça
Diz que sim
Se te xingam a raça
Diz que sim
Se te chupam a alma
Diz que sim
Se te pedem calma
Diz que sim
Se já estás virando um caco
Vives num buraco
Se és do balacobaco
Olha bem prá mim
Vence na vida quem diz sim
Vence na vida quem diz sim
Contributed by Bernart - 2013/3/31 - 17:06
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Scritta da Chico Buarque con il cineasta Ruy Guerra (che era stato anche il primo marito di Nara Leão)
Testo trovato sul sito di Chico Buarque
Nel disco intitolato “Calabar: o elogio à traição”, colonna sonora di uno spettacolo teatrale dedicato alla figura di Domingos Fernandes Calabar (1600-1635), un mulatto, facoltoso imprenditore zuccheriero del Pernambuco brasiliano che tradì gli spagnoli (che in quel periodo dominavano il Portogallo) per allearsi con i nemici olandesi. Catturato, finì malamente garrotato e poi squartato...
Dopo aver “annientato” Geraldo Vandré, i militari brasiliani si trovarono subito un altro artista da perseguitare con particolare accanimento. Oltre a soffrire un anno di esilio in Italia, Chico Buarque vide censurate parzialmente o totalmente molte sue canzoni, come Apesar de você.
Quella di “Calabar” era una vera e propria operazione di “sovversione”. Un personaggio che in tutti i libri di storia era disegnato come vigliacco e traditore, veniva riabilitato da Buarque e Guerra come uno che non era interessato al tornaconto personale ma a che migliorassero le condizioni di vita del popolo oppresso dai colonialisti, portoghesi o spagnoli che fossero. Infatti, come sostengono pure alcuni storici (a torto o a ragione, non posso approfondire qui la cosa), Calabar era convinto che gli olandesi avesso più rispetto della libertà di coscienza e di quelle civili e religiose... Ma la provocazione di Buarque e Guerra non mirava in realtà al “revisionismo” di un episodio risalente al XVII secolo, non era questo che interessava loro: l’obiettivo era il regime militare, la sua censura, la sua informazione ingessata che faceva passare ogni cosa al popolo come se fosse verità colata e incontestabile...
Essendo l’operazione molto ben mascherata (Buarque era diventato un maestro del “dire senza dire”) “Calabar” non fu censurato in toto e gli autori furono costretti ad apportare modifiche al testo di qualche brano, ma non riuscirono a salvare “Vince nella vita chi dice di sì”, troppo esplicita fin dal titolo, sostituita da una versione solo strumentale.
La censura colpì anche la copertina del disco che, riproducendo il titolo come una scritta su di un muro, era in odore di “sovversione”. Chico Buarque decise di sostituirla con una completamente bianca e senza titolo, per protesta, ma le vendite andarono così male che la Philips decise di ristampare il disco con in copertina una foto di Chico Buarque ed il titolo banale di “Chico Canta”
Nel 1980, quando la dittatura ormai agonizzava, Nara Leão interpretò il brano in una versione con parecchie modifiche testuali, possibilmente anche più esplicita dell’originale. (fonte: A musica e a censura da ditadura militar)