Se sabedes novas do meu amigo
É que venho perguntar:
Que ao que levou meu amigo
Há-de a noite encarcerar
Dentro de fel e vinagre
Sua boca há-de fechar.
Com sete chaves de treva
E fechaduras de neve
Que ao que levou meu amigo
Há-de a febre devorar.
Se sabedes novas do meu amigo
É que venho perguntar:
Sobre a parede mais fria
Suas tripas há-de o dia
Pendurar em argolas de veneno
Sua carne há-de queimar.
Com carvões de acetileno
Mai-lo sangue que há-de arder
Que ao que levou meu amigo
Há-de a noite decepar
Há-de o dia ver morrer.
Se sabedes novas do meu amigo
É que venho perguntar:
Sobre a parede mais fria
Suas tripas há-de o dia
Pendurar em argolas de veneno
Sua carne há-de queimar
Com carvões de acetileno.
Se sabedes novas do meu amigo
É que venho perguntar.
É que venho perguntar:
Que ao que levou meu amigo
Há-de a noite encarcerar
Dentro de fel e vinagre
Sua boca há-de fechar.
Com sete chaves de treva
E fechaduras de neve
Que ao que levou meu amigo
Há-de a febre devorar.
Se sabedes novas do meu amigo
É que venho perguntar:
Sobre a parede mais fria
Suas tripas há-de o dia
Pendurar em argolas de veneno
Sua carne há-de queimar.
Com carvões de acetileno
Mai-lo sangue que há-de arder
Que ao que levou meu amigo
Há-de a noite decepar
Há-de o dia ver morrer.
Se sabedes novas do meu amigo
É que venho perguntar:
Sobre a parede mais fria
Suas tripas há-de o dia
Pendurar em argolas de veneno
Sua carne há-de queimar
Com carvões de acetileno.
Se sabedes novas do meu amigo
É que venho perguntar.
Contributed by Dead End - 2012/12/13 - 12:17
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Parole di Luís Oliveira de Andrade (1935-1993), in arte Luís Pignatelli, poeta e scrittore portoghese.
Musica di José Niza (1938-2011), medico, compositore e deputato portoghese.
Dal disco intitolato “Gente de aqui e de agora”
I versi di Luís Pignatelli sono certamente ispirati a quelli ben più antichi di “Ondas do mar de Vigo”, una “cantiga de amigo” composta tra la fine del XIII e l’inizio del XIV secolo dal trovatore gallego Martim Codax:
se vistes meu amigo!
E ai, Deus!, se verrá cedo!
Ondas do mar levado,
se vistes meu amado!
E ai Deus!, se verrá cedo!
Se vistes meu amigo,
o por que eu sospiro!
E ai Deus!, se verrá cedo!
Se vistes meu amado,
por que hei gran cuidado!
E ai Deus!, se verrá cedo!
Ma in questa cantiga, così come anche in Canção com lágrimas, il pensiero di Luís Pignatelli e Adriano Correia de Oliveira andava in realtà a José Manuel Pais, loro grande amico e compagno di studi a Coimbra, mandato a morire nella guerra d’Angola. Ed entrambi non sono qui timidi nel dispensare ogni sorta di maledizioni a Salazar e ai suoi generali, responsabili di quella e di tante altre morti…