Ei-los que partem, olhos molhados
Coração triste, mochila às costas
Adeus aos seus entes amados
Ei-los que partem, olhos molhados
Virão um dia, ricos ou não
Contando histórias da sua guerra
Onde a dor se fez em pão
Virão um dia, ricos ou não
Ei-los que partem, olhos cansados
Já estão no fim da comissão
Alguns doentes e aleijados
Ei-los que partem, pobres soldados
Ei-los que partem, pobres soldados
Ei-los que partem, pobres soldados
Coração triste, mochila às costas
Adeus aos seus entes amados
Ei-los que partem, olhos molhados
Virão um dia, ricos ou não
Contando histórias da sua guerra
Onde a dor se fez em pão
Virão um dia, ricos ou não
Ei-los que partem, olhos cansados
Já estão no fim da comissão
Alguns doentes e aleijados
Ei-los que partem, pobres soldados
Ei-los que partem, pobres soldados
Ei-los que partem, pobres soldados
Contributed by Bartleby - 2012/2/24 - 09:51
Il testo di Eles (Ei-los que partem) di Manuel Freire, la canzone da cui deriva questa variante, era stata inserito da Dead End sotto questa pagina; abbiamo preferito staccarlo e farne una pagina autonoma.
CCG/AWS Staff - 2012/12/8 - 06:31
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Una delle “Canções do Niassa”, raccolta delle canzoni e dei fado composti dai soldati portoghesi che alla fine degli anni 60 il regime fascista portoghese spedì in Mozambico (Niassa è una delle sue province) a difendere l’impero minacciato dagli indipendentisti del Frente de Liberación Mozambiqueño (Frelimo)…
Ho preferito attribuire la canzone ad anonimo perché non mi pare che faccia parte del Cancioneiro già presente sulle CCG.
La musica dovrebbe essere quella dell’omonima canzone di Manuel Freire dedicata all’emigrazione portoghese.
Cancioneiro do Niassa é um conjunto de letras adaptadas à música de fados e de canções, escritas entre 1967 e 1973 por militares portugueses que cumpriram a sua comissão no Niassa, noroeste de Moçambique, combatendo os guerrilheiros nacionalistas da Frelimo. O Cancioneiro do Niassa é, por isso, um valioso repositório daquilo que pensavam e sentiam muitos dos militares portugueses que foram mobilizados para a frente de batalha, em defesa do império colonial português.
Muito já se escreveu sobre o Cancioneiro do Niassa e muito mais se irá escrever ainda, com certeza. Permito-me, contudo, realçar aqui dois ou três aspectos que podem ser encontrados nestes poemas.
Um primeiro aspecto é a total ausência de ódio pelos guerrilheiros em particular e pelos africanos em geral. No caso dos guerrilheiros, então, chegam-se a encontrar manifestações de respeito e até de admiração, como no Fado do Turra, onde se diz a certa altura que os guerrilheiros têm «a alma nobre».
Em contrapartida, encontramos uma extraordinária violência no tom utilizado em relação à hierarquia militar (Hino do Lunho) e aos colonos da cidade de Lourenço Marques, actual Maputo (Fado das Comparações). Aqueles homens sentiam-se muito mais próximos dos guerrilheiros que combatiam, do que dos colonos por quem se sacrificavam.
Isto conduz-me ao segundo aspecto, que é o de que já se podem ver aqui as sementes do que viria a ser o 25 de Abril e a descolonização. Estes homens sentiam-se injustiçados, mas ainda não revoltados; por isso se serviram de fados para exprimir os seus sentimentos. No entanto, a revolta não tardou em chegar, com o derrube do regime em 1974. Lendo os poemas do Cancioneiro do Niassa, poderemos compreender melhor porque é que a queda do anterior regime foi obra de militares.
(dal blog A cantga è uma arma)