Recuso-me a ficar amolecido
Tragicamente cilindrado
E muito antes de lutar - vencido
E muito antes de morrer - violado.
Recuso-me ao silêncio e à mordaça
Serei independente, livre e exacto
A verdade é uma força que ultrapassa
A própria dimensão em que combato.
Recuso-me a servir a violência
Embora a minha voz de nada valha
Mas que me fique ao menos a consciência
De que tentei romper esta muralha.
Recuso-me a ter medo e a estiolar
Na concha dos poetas sem mensagem
Que me levem o corpo e a coragem
Mas que fique esta voz para cantar.
Tragicamente cilindrado
E muito antes de lutar - vencido
E muito antes de morrer - violado.
Recuso-me ao silêncio e à mordaça
Serei independente, livre e exacto
A verdade é uma força que ultrapassa
A própria dimensão em que combato.
Recuso-me a servir a violência
Embora a minha voz de nada valha
Mas que me fique ao menos a consciência
De que tentei romper esta muralha.
Recuso-me a ter medo e a estiolar
Na concha dos poetas sem mensagem
Que me levem o corpo e a coragem
Mas que fique esta voz para cantar.
inviata da Bartleby - 22/2/2012 - 11:32
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Versi del giornalista e poeta antifascista portoghese João Apolinário (1924-1988), ma ignoro da quale raccolta siano tratti.
Musica di Luís Cília, dall’album intitolato "La Poésie Portugaise de nos jours et de toujours", edito in Francia nel 1967.